sábado, 29 de março de 2008


Espirito de Forcado

quinta-feira, 20 de março de 2008

PEGA DE CARAS - o cite

Há grande diferença entre “agarrar” ou “pegar” um toiro.Quando os forcados se aproximam por detrás do toiro e o grupo cai-lhe em cima quando o animal se vira, diz-se que o toiro foi agarrado.Esta sorte normalmente é utilizada como ultimo recurso numa tentativa desesperada do grupo em consumar a pega. Não sendo uma sorte com momentos de verdadeiro toureio, certo é, que muitas vezes se torna imprescindível a sua utilização. Para tal poderão contribuir uma deficiente abordagem inicial do grupo às características do toiro, assim como, toiros verdadeiramente possantes ou que apresentam características de mansidão.Na pega de caras o grupo deverá dar as vantagens ao toiro. Chama-se dar as vantagens, quando o toiro já foi colocado pelos peões-de-brega no local da arena onde o cabo recomendou e o forcado da cara começa por chamar o toiro de largo, dando-lhe os terrenos de mais de meia praça. Quando o primeiro ajuda se mantêm longe do forcado da cara e este chama o toiro de largo, o grupo está dando as vantagens ao toiro.Mas o cite não começa quando o forcado chama o toiro, mas sim quando este se vira e olha para o forcado.Durante o cite pode haver momentos de toureio, se o forcado se mostrar bem; se parar, marcando a figura; se mandar, carregando e alegrando o toiro; se templar, trazendo o toiro toureado, quando recua, até se fechar à barbela ou à córnea.Quando assim é, na pega foram marcados os tempos do toureio: parar, mandar e templar.

Pegar toiros é uma arte e uma técnica


O moço de forcado é, por definição, um homem valente, valente e com medo, por isso mesmo superiormente valente.Porque a superior valentia do forcado, reside exactamente no facto de ser capaz, no momento próprio, de dominar o medo, conservando a lucidez necessária para ver, pensar e executar a pega dentro das regras estabelecidas.Pegar toiros é uma arte e uma técnica. Sem técnica, posta a questão no campo de jogo de forças, o homem sairia irremediavelmente derrotado do embate com o toiro. Por isso a técnica da pega é tão complexa como a técnica de qualquer outra modalidade de toureio. Do estudo atento do comportamento do toiro durante a lide, da escolha do forcado que há-de tentar a pega, por comparação de características de um e de outro, da distância e dos terrenos do cite, do caminhar na arena, do esperar, do tourear, ao cair-Ihe na cabeça, para se fechar; à barbeIa ou à córnea, dos múltiplos requisitos de ordem técnica a que o bom forcado deve obedecer, depende o bom êxito da sorte. E tudo isto deve associar-se à estética das atitudes e dos movimentos. Porque assim a pega será entendida como sorte de beleza toureira, e não como rudimentar, ainda que emocionante, acto de bravura humana.De salientar ainda que, nesta época dos «milhões», o forcado enfrenta o toiro por manifesto idealismo, contribuindo vezes sem fim para obras de beneficência. Os forcados são assim, os últimos românticos das Festas de Toiros.”

Toiro de Lide

O toiro quando sai à arena e durante a lide apresenta os seguintes "estados":Levantado - O toiro percorre o redondel tentando encontrar uma saída. Atropela o que encontrar à sua frente. Acomete ao lidador, mas sempre para o afastar, sai "solto"e recomeça a fugir.Parado - Ao toiro já lhe foram dados uns lances de capote e recortes com a garupa do cavalo e se inicia a colocação dos ferros compridos e bandarilhas.Aplomado - No caso da lide à espanhola, depois de já ter consentido a faena de muleta, o toiro fica cansado e já com pouca investida. É neste estado que o lidador entra a matar com o estoque.No caso da lide a cavalo à portuguesa, não se deve deixar o toiro chegar ao estado de "aplomado", porque deve chegar à pega ainda com força para investir.